Na tarde desta quarta (11), o SBT optou por exibir a vinheta do Tá na Hora sem a “cadeirada” que surpreendeu os telespectadores no dia anterior. A imagem fazia referência à agressão do apresentador José Luiz Datena ao ex-coach Pablo Marçal durante um dos debates entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. A Band até mesmo vetou a volta do veterano ao seu departamento de Jornalismo –evitando justamente os riscos que a emissora de Silvio Santos (1930-2024) correu ao embarcar na “piada”.

A Band nunca viu com bons olhos a decisão de Datena de deixar o Brasil Urgente para concorrer ao cargo de prefeito da maior cidade do hemisfério sul. Segundo fontes nos bastidores, a emissora considerou que poderia haver danos à credibilidade e à imparcialidade em uma eventual volta do comunicador ao programa.

Afinal, Datena era conhecido justamente pela prestação de serviço nos momentos mais críticos da cidade de São Paulo, como durante temporais. Nos bastidores, questionava-se se não haveria um “conflito de interesse” quando o apresentador tivesse que criticar justamente Ricardo Nunes (MDB), contra quem concorreu –e perdeu– no pleito.

O jornalista de 67 anos foi afastado do Jornalismo e considerou-se puxá-lo de volta para o Entretenimento. Ele, insatisfeito, rompeu o contrato para se juntar à emissora de Silvio Santos (1930-2024).

Ao contrário da Band, o SBT já fez diversas menções à cadeirada, como em uma brincadeira durante o Fofocalizando. Datena entrou no estúdio do programa de fofocas empurrando justamente o item do mobiliário, com direito a diversas piadas de Cariúcha e companhia.

Os comentários nas redes sociais mostraram como a rede dos Abravanel se arriscou para chamar a atenção do público. Alguns telespectadores entraram na brincadeira, mas outros torceram o nariz para a iniciativa. Ou seja, justamente a repercussão que a Band evitou a todo custo.

Por outro lado, essa decisão não foi exatamente uma surpresa diante do histórico do SBT. A emissora tradicionalmente explora formatos menos sisudos em seu jornalismo, como o Aqui Agora (1991-1997). Maguila (1958-2024) chegou a ser comentarista de Economia da atração, que foi um sucesso de audiência mesmo criticada por diversas esferas da sociedade civil.

A própria Band e a Record beberam diretamente na fonte do Aqui Agora para formatar o Brasil Urgente e o Cidade Alerta. Os aspectos mais irreverentes, porém, ficaram em segundo plano.

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